Processo ativo

30/03/2017 Evento 268 - SENT1

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Texto Completo do Processo
30/03/2017 Evento 268 - SENT1
Nestor Cerveró:­ Que como eu disse, o Júlio Camargo não cumpriu o pagamento
combinado e aí o Fernando, anos depois, eu já estava fora da diretoria
internacional, me disse isso, que tinha pedido apoio do deputado Eduardo Cunha
e que teria havido uma negociação onde o Júlio Camargo teria pago parte do que
ele devia de propina.
Defesa:­ Pela ordem, essas questões não são desses autos, acho que são parte de
outro processo.
Juiz Federal:­ Ah sim, mas é que existe um cont ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. exto aqui, doutor, que pode ser
relevante. Isso o senhor ficou sabendo na época, ou só depois agora com essas
investigações?
Nestor Cerveró:­ Não, eu fiquei sabendo na época, porque o Fernando me disse
isso, que tinha feito o contato com o deputado Eduardo Cunha, e que o Eduardo
Cunha ... eles teriam pressionado ... ele teria pressionado o Júlio Camargo, e o
Júlio Camargo teria chegado a um acordo, um meio termo pra encerrar o
assunto."
320. Foi ouvido também em Juízo, desta feita como testemunha de
acusação, Eduardo Costa Vaz Musa (evento 146). Eduardo Costa Vaz Musa foi
gerente da Área Internacional da Petrobrás sob a direção do Diretor Nestor Cuñat
Cerveró e também de Jorge Luiz Zelada. Já foi condenado criminalmente por este
Juízo na ação penal 5039475­50.2015.4.04.7000 por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro. Celebrou acordo de colaboração com o MPF e que foi
homologado pelo Juízo. Confessou ter recebido propinas em contratos da
Petrobrás.
321. Relativamente à aquisição do Bloco 4 em Benin pela Petrobrás,
já não estava na área internacional da empresa ao tempo dos fatos, com o que não
pôde confirmar se houve ou não pagamento de propinas.
322. Entretanto, confirmou, em síntese, que havia pagamento de
vantagem indevida em contratos da Petrobrás da Área Internacional tanto sob a
direção de Nestor Cuñat Cerveró, como de Jorge Luiz Zelada. Declarou ainda que
teve conhecimento, na época dos fatos, que Jorge Luiz Zelada assumiu o cargo
pelo apoio político do PMDB de Minas Gerais, mas "que o deputado Eduardo
Cunha era quem sacramentava a opinião, era uma opinião fundamental para
realizar a nomeação dele". Admitiu que recebeu propinas no contrato de
afretamento do Navio Sonda Titanium Explorer pela Petrobrás e que, na ocasião,
João Augusto Henriques Rezende teria participado da intermediação do pagamento
das propinas e que Jorge Luiz Zelada seria outro beneficiário, assim como agentes
políticos a ele não identificados. Transcreve­se:
"Ministério Público Federal:­ Sei que já foi questionado em outros processos, mas
esse é um novo processo, nós temos que perguntar novamente. O senhor tem
conhecimento, durante o período em que o senhor trabalhou na área
internacional da Petrobras, o senhor tinha conhecimento de um grupo de pessoas
que se reunia para angariar vantagens ilícitas em cima de contratos daquela
área?
Eduardo Musa:­ Sim.
Ministério Público Federal:­ Pode falar um pouco sobre esse grupo?
https://eproc.jfpr.jus.br/eprocV2/controlador.php?acao=acessar_documento_publico&doc=701490883637120940040547493602&evento=7014908836371209… 58/109
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