Processo ativo
30/03/2017 Evento 268 - SENT1
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Texto Completo do Processo
30/03/2017 Evento 268 - SENT1
385. Ainda presentes algumas contradições entre as suas declarações
prestadas em Juízo e declarações pretéritas prestadas pelo acusado, ainda na
condição de Presidente da Câmara dos Deputados, em entrevistas jornalísticas.
386. Nas fls. 9295 do arquivo apinqpol29, evento 2, consta
entrevista por ele concedida ao Jornal da Globo em 07/11/2015. A entrevista foi
gravada e o vídeo correspondente encontrase disponível na rede mundial de
computadores, não só no link ap ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. ontado no referido documento, mas também em
outros (v.g.: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/videos/t/edicoes/v/eduardo
cunhadizquedinheiroemcontasdasuicanaoedele/4592325/).
387. Como visto, em Juízo declarou que o filho de Fernando Alberto
Diniz, que com ele se encontrava quinzenalmente, lhe comunicou que havia
efetuado a devolução do empréstimo mediante pagamento na conta no exterior, ou
seja, que o pagamento lhe foi comunicado após a sua realização.
388. Já na entrevista gravada, o acusado Eduardo Cosentino da
Cunha declarou algo bem diferente, de que deveria haver comunicação prévia
acerca do pagamento:
"JN: Agora, presidente, o senhor nunca chegou a cobrar esse dinheiro? Por que,
de fato, é muito dinheiro, um milhão de dólares...
Cunha: Ele morreu! Quando ele estava vivo, sim, obviamente a gente falava sobre
isso. E ele tinha, sim, no momento antes dele morrer, ele tinha, sim, a orientação,
se porventura quando ele tivesse a condição de me pagar, de como ele deveria
fazêlo. Ele tinha, sim a conta, ele tinha o trust, ele sabia que deveria previamente
avisar o trust e o trust deveria concordar."
389. Confrontado com a contradição em Juízo, recusouse a
esclarecêla sob o pretexto de que não reconheceria "a entrevista como parte
processual, ela não faz parte da denúncia", muito embora o documento citado
instrua a inicial da Acusação. Transcrevese:
"Juiz Federal: O senhor naquele entrevista que o senhor deu ao Jornal
Nacional, o senhor foi indagado: '... agora presidente, o senhor nunca chegou a
cobrar esse dinheiro, porque de fato é muito dinheiro, um milhão de dólares?' O
senhor respondeu: '...ele morreu. Quando estava vivo sim, obviamente falava
sobre isso. Ele tinha sim, no momento antes dele morrer, ele tinha sim a
orientação se, por porventura, quando ele tivesse a condição de me pagar, de
como devia fazêlo. Ele tinha sim a conta, ele tinha o Trust. Ele sabia que eu devia
previamente avisar o Trust e o Trust deveria concordar'.
Eduardo Cosentino: Excelência eu dei várias entrevistas e foram muito maiores
as informações do que essa questão. Eu não tenho condição de reconhecer o que
eu falei ou deixei de falar numa entrevista. Certamente ela foi editada e não
contém a integridade do que eu falei. Então eu não vou responder a entrevista, eu
vou responder ao fato. O fato que está aqui, porque o momento processual é esse,
a informação que eu estou lhe prestando.
Juiz Federal: Essa informação que o senhor deu ela foi previamente passada pro
senhor?
Eduardo Cosentino: Eu não quero considerar a informação que aí está porque eu
não sei se ela é verdadeira ou não, se a transcrição é, se eu falei mais coisa e ele
não colocou... e outra coisa, existe uma situação da posição política que está
https://eproc.jfpr.jus.br/eprocV2/controlador.php?acao=acessar_documento_publico&doc=701490883637120940040547493602&evento=7014908836371209… 78/109
385. Ainda presentes algumas contradições entre as suas declarações
prestadas em Juízo e declarações pretéritas prestadas pelo acusado, ainda na
condição de Presidente da Câmara dos Deputados, em entrevistas jornalísticas.
386. Nas fls. 9295 do arquivo apinqpol29, evento 2, consta
entrevista por ele concedida ao Jornal da Globo em 07/11/2015. A entrevista foi
gravada e o vídeo correspondente encontrase disponível na rede mundial de
computadores, não só no link ap ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. ontado no referido documento, mas também em
outros (v.g.: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/videos/t/edicoes/v/eduardo
cunhadizquedinheiroemcontasdasuicanaoedele/4592325/).
387. Como visto, em Juízo declarou que o filho de Fernando Alberto
Diniz, que com ele se encontrava quinzenalmente, lhe comunicou que havia
efetuado a devolução do empréstimo mediante pagamento na conta no exterior, ou
seja, que o pagamento lhe foi comunicado após a sua realização.
388. Já na entrevista gravada, o acusado Eduardo Cosentino da
Cunha declarou algo bem diferente, de que deveria haver comunicação prévia
acerca do pagamento:
"JN: Agora, presidente, o senhor nunca chegou a cobrar esse dinheiro? Por que,
de fato, é muito dinheiro, um milhão de dólares...
Cunha: Ele morreu! Quando ele estava vivo, sim, obviamente a gente falava sobre
isso. E ele tinha, sim, no momento antes dele morrer, ele tinha, sim, a orientação,
se porventura quando ele tivesse a condição de me pagar, de como ele deveria
fazêlo. Ele tinha, sim a conta, ele tinha o trust, ele sabia que deveria previamente
avisar o trust e o trust deveria concordar."
389. Confrontado com a contradição em Juízo, recusouse a
esclarecêla sob o pretexto de que não reconheceria "a entrevista como parte
processual, ela não faz parte da denúncia", muito embora o documento citado
instrua a inicial da Acusação. Transcrevese:
"Juiz Federal: O senhor naquele entrevista que o senhor deu ao Jornal
Nacional, o senhor foi indagado: '... agora presidente, o senhor nunca chegou a
cobrar esse dinheiro, porque de fato é muito dinheiro, um milhão de dólares?' O
senhor respondeu: '...ele morreu. Quando estava vivo sim, obviamente falava
sobre isso. Ele tinha sim, no momento antes dele morrer, ele tinha sim a
orientação se, por porventura, quando ele tivesse a condição de me pagar, de
como devia fazêlo. Ele tinha sim a conta, ele tinha o Trust. Ele sabia que eu devia
previamente avisar o Trust e o Trust deveria concordar'.
Eduardo Cosentino: Excelência eu dei várias entrevistas e foram muito maiores
as informações do que essa questão. Eu não tenho condição de reconhecer o que
eu falei ou deixei de falar numa entrevista. Certamente ela foi editada e não
contém a integridade do que eu falei. Então eu não vou responder a entrevista, eu
vou responder ao fato. O fato que está aqui, porque o momento processual é esse,
a informação que eu estou lhe prestando.
Juiz Federal: Essa informação que o senhor deu ela foi previamente passada pro
senhor?
Eduardo Cosentino: Eu não quero considerar a informação que aí está porque eu
não sei se ela é verdadeira ou não, se a transcrição é, se eu falei mais coisa e ele
não colocou... e outra coisa, existe uma situação da posição política que está
https://eproc.jfpr.jus.br/eprocV2/controlador.php?acao=acessar_documento_publico&doc=701490883637120940040547493602&evento=7014908836371209… 78/109