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INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL

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Texto Completo do Processo
M P F
INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL
expectativa para a receita do negócio, então, para a gente fazer uma
avaliação econômica; existe um sistema na Petrobras que é utilizado na área
nacional, no EIP nacional, que ele não era utilizado na área internacional, e a
gente foi buscar, a gente procurou auxílio de especialistas, geólogos, dentro
da Petrobras, e a gente não teve segurança e certeza sobre os dados que a
gente estava tratando, justamente porque a gente não conseguiu rastrear essa
informação, busc ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. ar essa informação, porque eles não foram adequadamente
guardados, arquivados, na época, pelo próprio fim da área internacional,
então foi mais ou menos nesse sentido.
Ministério Público Federal:- Só para esclarecer, então, em relação aos
custos exploratórios havia uma previsão de um custo X e, posteriormente, o
custo concretizado era muito maior que esse X?
Depoente:- Não, o custo concretizado foi de fato muito maior do que esse X.
(grifos nossos)
De fato, conforme destacado no relatório da Comissão Interna
de Apuração AGP 130/2016 (evento 92, p. 98) “a manipulação de dados e
informações com o objetivo de melhorar o resultado econômico do projeto trouxe
prejuízo à Petrobras” na ordem de USD 77.500.000,00!
A respeito desta manipulação de dados e informações, outro
auditor da PETROBRAS ouvido como testemunha, Rafael de Castro da Silva,
informou (evento 146) que:
Ministério Público Federal:-O senhor mencionou, eu interrompi quando o
senhor começou a falar, salvo engano, da subavaliação dos custos
exploratórios, correto?
Depoente:-Isso.
Ministério Público Federal:-Isso quer dizer basicamente que foi feita uma
estimativa para levar a cabo o negócio na Petrobras de que os custos
exploratórios seriam x, posteriormente à aquisição se verificou que os
custos eram muito maiores que x, correto?
Depoente:-Isso. Para aprovação de cada projeto de investimento, no caso
desse farm-in para o Benin, você faz uma avaliação econômica desse ativo.
E na avaliação econômica você coloca futuros gastos, você faz uma
estimativa, uma previsão de gastos que você vai incorrer, você traz isso ao
valor presente. Os custos dos 3 poços previstos para incorrerem lá no
Benin, a estimativa inicial deles era de 54 milhões de dólares no
primeiro poço, 73 milhões no segundo e terceiro poço. O que nos
estranhou na época, que nos chamou atenção quando a gente se
deparou com esse valor, é porque, à época, esse valor a gente achou
muito baixo, porque era praticamente o valor que a gente gastava para
perfurar um poço aqui no Brasil. A gente com toda estrutura já aqui, a
gente gastaria isso. E sendo o Benin um país sem estrutura logística, nem
nada, a gente achou assim “Pô, está muito barato”. E a gente começou a
questionar isso durante a auditoria às pessoas que tinham feito a avaliação.
Então a gente começou a se deparar com isso e no dip seguinte, 1 ano e
meio depois, em que a gente, a gente Petrobras, resolve vender parte da
nossa participação lá no Benin, em termos de 15 por cento, para a Shell,
essa mesma avaliação do primeiro poço já tinha saltado de 54 milhões
de dólares para 120. Isso previsão Petrobras também, comparando
previsão Petrobras com previsão Petrobras.
Ministério Público Federal:-E quem foi o responsável por essas
avaliações, foi a mesma pessoa que fez o segundo de 120 fez o de 54?
Depoente:-Não...
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Cadastrado em: 10/08/2025 16:55
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