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INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL

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INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL
Já naquela época, as chantagens legislativas em troca de cargos
na PETROBRAS eram constantemente noticiadas nos veículos de imprensa, a
exemplo da reportagem15 de 22 de novembro de 2007 publicada pelo Estado de São
Paulo reproduzida abaixo:
Título: PMDB aproveita votação para exigir cargo na Petrobras
Autor: Domingos, Joao; Madueño, Denise
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/11/2007, Nacional, p. A5
Partido só apoiou projeto de entrada da Venezuela no Mercosul depois
d ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. e garantida a nomeação de Zelada
O PMDB aproveitou a votação da adesão da Venezuela ao Mercosul na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para emparedar o
governo. O partido ameaçou não participar da votação se não
conseguisse nomear Jorge Luiz Zelada para a Diretoria Internacional
da Petrobras.
Os peemedebistas só votaram a favor do projeto depois de ouvir do líder do
governo, José Múcio Monteiro (PTB-PE), a garantia de que Zelada será
nomeado. “O governo tem palavra e vai cumprir todos os acordos feitos. As
coisas vão acontecer, mas não condicionadas a uma votação. A entrada da
Venezuela no Mercosul é importante para o Brasil”, afirmou o líder.
A nomeação de Zelada foi exigência do PMDB de Minas. Mas os paulistas
também pressionaram pelo atendimento da reivindicação do ex-governador
Orestes Quércia, que quer nomear Miguel Colasuonno para a presidência da
Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp),
empresa do Ministério da Agricultura.
Para aprovar a CPMF, o partido tem cobrado do governo cargos importantes.
Quer, por exemplo, o controle de todo o sistema elétrico. A começar do
Ministério de Minas e Energia, para o qual aguarda a volta de Silas Rondeau,
afastado depois que a Polícia Federal o apontou como suspeito de receber
propinas da empreiteira Gautama. O PMDB exige ainda as presidências da
Eletrobrás, da Eletrosul e da Eletronorte. Em 2008 as estatais do setor
elétrico vão investir cerca de R$ 50 bilhões.
No primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva as diretorias da
Petrobras ficaram com PT e PP. Ao entrar na coalizão, o PMDB quis
espaço na estatal e indicou para a Diretoria Internacional João Augusto
Henriques.
Depois de quase um ano o Planalto vetou Henriques e o ministro das
Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, pediu ao partido para fazer
outra indicação. Na votação da CPMF na Câmara, em setembro, Zelada,
atual gerente-geral de Exploração e Produção e Transportes Marítimos da
Petrobras, foi sugerido. Mas o Planalto tem segurado a nomeação. Isso
deixou o PMDB nervoso, principalmente nas últimas semanas, quando foi
anunciada a descoberta do supercampo de petróleo na Bacia de Santos.
O temor do PMDB é que o presidente tome do partido não só a Diretoria
Internacional da Petrobras, como também o Ministério de Minas e Energia.
Na semana passada o grupo do senador José Sarney (PMDB-AP) conseguiu
arrancar de Lula a garantia de que o PT não ficará com a pasta.
Outra irritação do PMDB é com a medida provisória que autoriza o governo
a repassar verbas de convênios para municípios em período eleitoral. PSDB
e DEM decidiram obstruir as votações no Senado até que o presidente vete a
parte que permite repasses no período eleitoral. O PMDB estava neutro, mas
nos últimos dias descobriu que, se a MP for mantida, o PT pode tomar boa
parte de suas prefeituras e resolveu engrossar o protesto. (grifos nossos)
15 Reportagem constante no site https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/332492/noticia.htm?
sequence=1 em fonte pública de informação, acessada em 13 de fevereiro de 2017.
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