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INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL
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Texto Completo do Processo
M P F
INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL
Com efeito, interlocução entre o PMDB e a Diretoria
Internacional iniciou-se ainda em 2006, quando o cargo era ocupado por NESTOR
CUÑAT CERVERÓ. Já naquela época havia uma pressão por parte de políticos do
PMDB para o repasse de vantagens indevidas provenientes de contratos celebrados
pela respectiva pasta. De acordo com o testemunho de NESTOR CERVERÓ (evento
160):
Defesa:-O senhor se aproximou do PMDB quando?
Depoente:-Na realidade não fui eu que me aproximei do PM ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. DB, o PMDB
que se aproximou de mim em 2006, logo depois do mensalão.
Defesa:-Através de quem?
Depoente:-Através do ministro Silas Rondeau, que fazia parte do grupo do
PMDB, que na época havia a divisão do PMDB da câmara, do PMDB do
senado. Então na realidade eu fui procurado pelo Silas, que me apresentou
ao senador Renan, ao senador… na época deputado Jader Barbalho, mas
fazia parte do grupo do senado e que me informaram que eles também
passariam… eu passaria a ser apoiado por esse grupo.
Defesa:-Se eu entendi nos seus termos de colaboração, o senhor afirmou em
2006, foi pago 6 milhões para os senadores Renan Calheiros, Jader
Barbalho, Delcídio do Amaral e ao ex ministro Silas Rondeau, a título de
participação nos negócios da Petrobras e isso visaria o apoio pra
continuação no cargo, é isso?
Depoente:-Foi pago... realmente foi um acerto que houve com o comando,
esse comando PMDB. O Delcídio não fazia parte desse 6 milhões, o
Delcídio foi uma outra contribuição. Mas houve uma destinação de 6
milhões de dólares pra esse grupo aí.
Defesa:-E como que se deu esse pagamento?
Depoente:-Esse pagamento se deu através de resultado obtido de
negociações de propinas dos negócios… basicamente da sonda… da
primeira sonda que nós contratamos, que a Petrobras contratou, e de uma
parte da comissão... porque, como eu disse, o Delcídio não fez parte desses
6 milhões de dólares. Os 6 milhões de dólares foi dirigido para o PMDB.
Defesa:-E aí um período depois o senhor foi substituído na diretoria da
Petrobras?
Depoente:-Dois anos, quase dois anos depois.
Defesa:-E o senhor fez alguma cobrança de que esses senadores do PMDB
lhe apoiassem para o senhor se manter no cargo?
Depoente:-Sim, eu conversei, porque a substituição não foi de uma hora pra
outra, foi um processo que levou uns 6 meses, uma coisa assim, se iniciou
com uma pressão do PMDB da câmara, um grupo de… foi dito depois nos
contatos que eu tive com o pessoal em Brasília, que eu fui procurar, quer
dizer, esse apoio do grupo do senado, que me disse isso, que havia um grupo
muito grande de deputados do PMDB liderados pelo falecido deputado
Fernando Diniz, do PMDB de Minas, que pediam a minha substituição na
diretoria internacional. Aí eu fui até com o (incompreensível)cobrar o apoio
do grupo do PMDB da câmara, mas naquele momento o PMDB da câmara
… do senado estava muito enfraquecido, porque foi na ocasião do que o
senador Renan teve que renunciar por conta da história da filha dele, que era
pago uma pensão, e ele renunciou. Então esse grupo tinha perdido… isso eu
descobri nas negociações que, quer dizer, nas tentativas de permanência e
tal que duraram coisas de 6 meses.
Defesa:-E o então deputado Fernando Diniz queria colocar quem no seu
lugar?
Depoente:-A primeira… não foi… não foi… não sei se foi o deputado
Fernando Diniz. Eu sei que esse grupo era, me foi dito, até pelo na época
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INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL
Com efeito, interlocução entre o PMDB e a Diretoria
Internacional iniciou-se ainda em 2006, quando o cargo era ocupado por NESTOR
CUÑAT CERVERÓ. Já naquela época havia uma pressão por parte de políticos do
PMDB para o repasse de vantagens indevidas provenientes de contratos celebrados
pela respectiva pasta. De acordo com o testemunho de NESTOR CERVERÓ (evento
160):
Defesa:-O senhor se aproximou do PMDB quando?
Depoente:-Na realidade não fui eu que me aproximei do PM ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. DB, o PMDB
que se aproximou de mim em 2006, logo depois do mensalão.
Defesa:-Através de quem?
Depoente:-Através do ministro Silas Rondeau, que fazia parte do grupo do
PMDB, que na época havia a divisão do PMDB da câmara, do PMDB do
senado. Então na realidade eu fui procurado pelo Silas, que me apresentou
ao senador Renan, ao senador… na época deputado Jader Barbalho, mas
fazia parte do grupo do senado e que me informaram que eles também
passariam… eu passaria a ser apoiado por esse grupo.
Defesa:-Se eu entendi nos seus termos de colaboração, o senhor afirmou em
2006, foi pago 6 milhões para os senadores Renan Calheiros, Jader
Barbalho, Delcídio do Amaral e ao ex ministro Silas Rondeau, a título de
participação nos negócios da Petrobras e isso visaria o apoio pra
continuação no cargo, é isso?
Depoente:-Foi pago... realmente foi um acerto que houve com o comando,
esse comando PMDB. O Delcídio não fazia parte desse 6 milhões, o
Delcídio foi uma outra contribuição. Mas houve uma destinação de 6
milhões de dólares pra esse grupo aí.
Defesa:-E como que se deu esse pagamento?
Depoente:-Esse pagamento se deu através de resultado obtido de
negociações de propinas dos negócios… basicamente da sonda… da
primeira sonda que nós contratamos, que a Petrobras contratou, e de uma
parte da comissão... porque, como eu disse, o Delcídio não fez parte desses
6 milhões de dólares. Os 6 milhões de dólares foi dirigido para o PMDB.
Defesa:-E aí um período depois o senhor foi substituído na diretoria da
Petrobras?
Depoente:-Dois anos, quase dois anos depois.
Defesa:-E o senhor fez alguma cobrança de que esses senadores do PMDB
lhe apoiassem para o senhor se manter no cargo?
Depoente:-Sim, eu conversei, porque a substituição não foi de uma hora pra
outra, foi um processo que levou uns 6 meses, uma coisa assim, se iniciou
com uma pressão do PMDB da câmara, um grupo de… foi dito depois nos
contatos que eu tive com o pessoal em Brasília, que eu fui procurar, quer
dizer, esse apoio do grupo do senado, que me disse isso, que havia um grupo
muito grande de deputados do PMDB liderados pelo falecido deputado
Fernando Diniz, do PMDB de Minas, que pediam a minha substituição na
diretoria internacional. Aí eu fui até com o (incompreensível)cobrar o apoio
do grupo do PMDB da câmara, mas naquele momento o PMDB da câmara
… do senado estava muito enfraquecido, porque foi na ocasião do que o
senador Renan teve que renunciar por conta da história da filha dele, que era
pago uma pensão, e ele renunciou. Então esse grupo tinha perdido… isso eu
descobri nas negociações que, quer dizer, nas tentativas de permanência e
tal que duraram coisas de 6 meses.
Defesa:-E o então deputado Fernando Diniz queria colocar quem no seu
lugar?
Depoente:-A primeira… não foi… não foi… não sei se foi o deputado
Fernando Diniz. Eu sei que esse grupo era, me foi dito, até pelo na época
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