INISTÉRIO ÚBLICO EDERAL

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com experiência em SMS para verificar o andamento dos trabalhos
contratados por cada empresa, localmente, no exterior, estava bem
fundamentada. Entretanto, em 26 de janeiro de 2010, por orientação do então
diretor Zelada, a execução de serviços passou a ser centralizada num único
contrato.
8.6 A partir dai, ocorrem pressões por celeridade que acabam por resultar em
um contrato que geraria pagamentos não correspondentes a serviços
prestados, não fosse o Relatório de ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. Auditoria R-9265/2011 e a adoção de
medidas efetivas pela Companhia, por meio de aditivo contratual.
8.7 As pessoas selecionadas para operacionalizar essa contratação teriam
plenas condições para produzir um trabalho de qualidade melhor, que não •
expusesse a Companhia. Assim, entende-se que há responsabilidade pessoal
de empregados neste processo, marcado por procedimentos incomuns e
geração de documentos questionáveis, o que poderia ter sido lesivo aos
interesses da Petrobras.
8.8 Por fim, a reportagem aborda, também, o pagamento de valores em
dinheiro para empregados que contribuíam para o sucesso dos negócios
intermediados por João Augusto. Em relação a esse ponto, com os recursos
disponíveis à Comissão, nada foi possível verificar e comprovar.
8.9 O número subsequente da revista Epoca, 795, de 19/08/2013, menciona
quatro empresas que teriam contratos com a Petrobras e informa que esses
contratos estariam sujeitos a interferência de interesses políticos. As
empresas mencionadas são a CNO, UTC Engenharia, Mendes Júnior, e a
Andrade Gutierrez. Pesquisa realizada junto às áreas de Exploração e
Produção (E&P) e Engenharia, Tecnologia e Materiais (ETM) apontam para
a existência de diversos contratos com essas empresas. Constatou-se que
muitos desses contratos foram alvo de trabalhos rotineiros (anexo 85)
realizados pela Auditoria da Petrobras, não tendo sido registrados indícios de
descumprimento da legislação e/ou dos padrões em vigor .”
Mais do que isso, nos documentos anexos ao referido relatório
da CIA ÉPOCA, encontram-se relatos que indicavam a influência do PMDB na
Diretoria Internacional da PETROBRAS, como o de JOSÉ CARLOS VILAR
AMIGO17:
“Foi colega de João Augusto na faculdade. A amizade começou por volta de
1976, durando até os dias atuais.
Nunca teve nenhum contato com partidos políticos. Escuta com frequência e
do próprio João, que este, João Augusto, tem contatos políticos, inclusive
com o PMDB. Segundo a percepção do declarante, na área Internacional,
era de conhecimento de todos a ascendência que o PMDB ali exercia, em
especial o PMDB mineiro”. (grifos nossos)
Outro depoimento prestado à CIA ÉPOCA que corrobora os
fatos apurado na presente ação penal é o de SÓCRATES JOSÉ FERNANDES
MARQUES, que na época dos fatos era o assistente pessoal do Diretor JORGE
ZELADA:
“Conhece João Augusto há 40 anos, desde quando cursaram universidade. A
seguir, em 1980, trabalharam juntos no GECAM, ocasião em que conheceu
Zelada. Posteriormente, voltaram a trabalhar juntos na BR. O convite para
trabalhar como assistente foi feito diretamente pelo Zelada. Não houve
qualquer interferência de João Augusto.
17 Constante na mídia anexa à petição da PETROBRAS constante no evento 203 do presente processo.
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