Processo ativo
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Oreste Laspro, que também os examinou e que hoje, infelizmente, não pode estar
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processo.
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Identificação
Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Partes e Advogados
Nome: de quem cumprimento todas *** de quem cumprimento todas as Autoridades presentes;
Advogados e OAB
Advogado: Oreste Laspro, que também os examinou e *** Oreste Laspro, que também os examinou e que hoje, infelizmente, não pode estar
Valores e Datas
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Documentos e Outros
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Texto Completo do Processo
Disponibilização: sexta-feira, 14 de março de 2025 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo,
Desembargadora Silvia Rocha, Presidente da Comissão do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador Fernando Antonio Torres
Garcia, em nome de quem cumprimento todas as Autoridades presentes;
Excelentíssimos Senhores Desembargadores e Senhoras Desembargadoras;
Excelentíssimos integrantes da ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. Comissão de Concurso do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura de São Paulo;
Excelentíssimas Senhoras Juízas e Excelentíssimos Senhores Juízes, também e especialmente os do 189º Concurso de
Ingresso na Magistratura de São Paulo, hoje vitalícios;
Senhoras e Senhores Funcionários e Funcionárias deste Tribunal;
Senhoras e Senhores,
“Viver é muito perigoso”, mas o que a vida “quer da gente é coragem” (no Sertão de João Guimarães Rosa).
Há alguns dias, conversava com um Juiz, também jovem como Vossas Excelências, que reclamava, inconformado, dos
assaques diuturnos que têm sido dirigidos aos Juízes, em ação orquestrada para provocar escândalo, sem nenhum compromisso
com a verdade.
Dizia-me o jovem Juiz: – trabalhamos incessantemente, horas intermináveis, sem descanso, acumulando funções e
acumulando Varas, para sermos vilipendiados sem que nos ouçam.
Há dois anos, no dia da posse de Vossas Excelências, dissemos, todos os que o saudamos, que o exercício da judicatura
era difícil. Hoje, não tenho dúvida, de que sabem que dissemos a verdade. A realidade o mostrou.
O trabalho é mesmo infindável. Deparamo-nos, inúmeras vezes, com casos gravíssimos e sentimos o peso de solucioná-los
solitariamente e sob a pressão de prazos exíguos.
O que talvez Vossas Excelências, assim como aquele jovem Juiz, ainda não tenham percebido é que tudo o que é
verdadeiramente importante é difícil. Aprender é difícil, ter expertise em qualquer ciência ou arte é difícil, ter e criar filhos é
difícil, manter amizades verdadeiras é difícil, amar é difícil.
Então, por ser muito importante, passar no concurso da Magistratura é muito difícil, ser Juiz mais ainda, ser bom Juiz é
dificílimo e passar a vida dedicando-se à Magistratura é, anotem, tarefa hercúlea.
No entanto, como o Eminente Advogado Oreste Laspro, que também os examinou e que hoje, infelizmente, não pode estar
conosco, disse-lhes há dois anos, “nenhuma dificuldade, nenhuma crise, mas nada mesmo será tão compensador quanto o
momento sublime e estupendo em que a justiça se faz”.
A vida, meus queridos Juízes e queridas Juízas, é muito breve e, por isso, não pode ser apequenada com o fácil e com o
ilusório.
Vossas Excelências foram escolhidos entre mais de vinte mil candidatos, vieram de todas as regiões do país, com todas as
origens, raças, credos e o que os distinguiu foi somente o saber e a ética.
Não tenham, pois, medo das dificuldades nem dos ataques que sofrerem. São decorrências do trabalho relevante que
prestam, no exercício do qual não se pode contentar a todos, às vezes, não se pode contentar a ninguém, mas se podem
apaziguar os litígios, garantir a paz social, garantir o estado democrático de direito, a liberdade e a vida. Não é pouco, não?
Estamos, nós da Comissão Examinadora do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura, orgulhosos de Vossas Excelências:
todos os que tomaram posse foram vitaliciados!
Isto significa que estão aprendendo a ser bons Juízes e Juízas, mas este aprendizado, advirto-lhes, nunca cessa, porque
sempre podemos ser melhores do que já fomos.
Nosso desejo é o de que conservem a consciência tranquila do dever bem cumprido e que ninguém jamais precise lhes
chamar a atenção por erro que os Senhores e as Senhoras já não tenham percebido e corrigido.
Hoje, eu lhes digo, como disse àquele jovem Juiz, que é preciso ter humildade e evoluir, diante de crítica fundada e
procedente, e é preciso ter resiliência, diante dos assaques gratuitos, respondendo-os com mais trabalho e com mais dedicação,
com a confiança na força do Poder Judiciário de São Paulo e de que o seu Tribunal de Justiça os amparará.
Desejo que esta celebração os faça sentir que são úteis e que não se deixem contaminar pela descrença, porque ela
invalida a vida.
Saibam que nada está terminado, mas tudo está sempre mudando, está por fazer, por melhorar, e nisso reside a importância
do trabalho do Juiz, o nosso aprendizado e a beleza de nossas vidas.
Parabéns pelo que fizeram até agora e que o que vem a seguir seja ainda melhor!
Que seja assim!
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
Desembargadora Silvia Rocha, Presidente da Comissão do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador Fernando Antonio Torres
Garcia, em nome de quem cumprimento todas as Autoridades presentes;
Excelentíssimos Senhores Desembargadores e Senhoras Desembargadoras;
Excelentíssimos integrantes da ***** Para ver o conteúdo completo, assine um plano. Comissão de Concurso do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura de São Paulo;
Excelentíssimas Senhoras Juízas e Excelentíssimos Senhores Juízes, também e especialmente os do 189º Concurso de
Ingresso na Magistratura de São Paulo, hoje vitalícios;
Senhoras e Senhores Funcionários e Funcionárias deste Tribunal;
Senhoras e Senhores,
“Viver é muito perigoso”, mas o que a vida “quer da gente é coragem” (no Sertão de João Guimarães Rosa).
Há alguns dias, conversava com um Juiz, também jovem como Vossas Excelências, que reclamava, inconformado, dos
assaques diuturnos que têm sido dirigidos aos Juízes, em ação orquestrada para provocar escândalo, sem nenhum compromisso
com a verdade.
Dizia-me o jovem Juiz: – trabalhamos incessantemente, horas intermináveis, sem descanso, acumulando funções e
acumulando Varas, para sermos vilipendiados sem que nos ouçam.
Há dois anos, no dia da posse de Vossas Excelências, dissemos, todos os que o saudamos, que o exercício da judicatura
era difícil. Hoje, não tenho dúvida, de que sabem que dissemos a verdade. A realidade o mostrou.
O trabalho é mesmo infindável. Deparamo-nos, inúmeras vezes, com casos gravíssimos e sentimos o peso de solucioná-los
solitariamente e sob a pressão de prazos exíguos.
O que talvez Vossas Excelências, assim como aquele jovem Juiz, ainda não tenham percebido é que tudo o que é
verdadeiramente importante é difícil. Aprender é difícil, ter expertise em qualquer ciência ou arte é difícil, ter e criar filhos é
difícil, manter amizades verdadeiras é difícil, amar é difícil.
Então, por ser muito importante, passar no concurso da Magistratura é muito difícil, ser Juiz mais ainda, ser bom Juiz é
dificílimo e passar a vida dedicando-se à Magistratura é, anotem, tarefa hercúlea.
No entanto, como o Eminente Advogado Oreste Laspro, que também os examinou e que hoje, infelizmente, não pode estar
conosco, disse-lhes há dois anos, “nenhuma dificuldade, nenhuma crise, mas nada mesmo será tão compensador quanto o
momento sublime e estupendo em que a justiça se faz”.
A vida, meus queridos Juízes e queridas Juízas, é muito breve e, por isso, não pode ser apequenada com o fácil e com o
ilusório.
Vossas Excelências foram escolhidos entre mais de vinte mil candidatos, vieram de todas as regiões do país, com todas as
origens, raças, credos e o que os distinguiu foi somente o saber e a ética.
Não tenham, pois, medo das dificuldades nem dos ataques que sofrerem. São decorrências do trabalho relevante que
prestam, no exercício do qual não se pode contentar a todos, às vezes, não se pode contentar a ninguém, mas se podem
apaziguar os litígios, garantir a paz social, garantir o estado democrático de direito, a liberdade e a vida. Não é pouco, não?
Estamos, nós da Comissão Examinadora do 189º Concurso de Ingresso na Magistratura, orgulhosos de Vossas Excelências:
todos os que tomaram posse foram vitaliciados!
Isto significa que estão aprendendo a ser bons Juízes e Juízas, mas este aprendizado, advirto-lhes, nunca cessa, porque
sempre podemos ser melhores do que já fomos.
Nosso desejo é o de que conservem a consciência tranquila do dever bem cumprido e que ninguém jamais precise lhes
chamar a atenção por erro que os Senhores e as Senhoras já não tenham percebido e corrigido.
Hoje, eu lhes digo, como disse àquele jovem Juiz, que é preciso ter humildade e evoluir, diante de crítica fundada e
procedente, e é preciso ter resiliência, diante dos assaques gratuitos, respondendo-os com mais trabalho e com mais dedicação,
com a confiança na força do Poder Judiciário de São Paulo e de que o seu Tribunal de Justiça os amparará.
Desejo que esta celebração os faça sentir que são úteis e que não se deixem contaminar pela descrença, porque ela
invalida a vida.
Saibam que nada está terminado, mas tudo está sempre mudando, está por fazer, por melhorar, e nisso reside a importância
do trabalho do Juiz, o nosso aprendizado e a beleza de nossas vidas.
Parabéns pelo que fizeram até agora e que o que vem a seguir seja ainda melhor!
Que seja assim!
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º